Igreja não é templo, não é local sagrado, não é sinagoga, não é prédio. Teologicamente falando, Igreja refere-se a pessoas, gente, e não ao lugar de reunião. É ajuntamento (quando estamos no prédio) de pecadores perdoados pelo sangue de Cristo derramado na cruz. Também continuamos a ser Igreja quando não estamos no prédio, mas infiltrados na sociedade, em todos os seguimentos, como diz a música de Geraldo Vandré: “Nas escolas, nas ruas, campos, construções…”. O povo da Igreja local é misto, pois atrai não cristãos em processo de aprendizagem e “aparentes” cristãos não transformados, alguns imaturos, mas queremos crer que a maioria está em busca de transformação.
A composição dessa comunidade é heterogênea e paradoxal. Ao mesmo tempo, agrega os espiritualmente mortos, também os espiritualmente ressuscitados. Os indiferentes e apáticos passam a ter sede do Deus vivo. Em busca de uma espiritualidade saudável e crescente os soberbos tornam-se humildes; os filhos pródigos desviados retornam à Casa do Pai, os de coração endurecidos recebem “coração de carne” e se tornam pessoas amorosas. Se antes, nossas vidas não tinham graça e sabor, em Cristo nos tornamos “sal e luz.”
Foi o amor de Jesus que nos atraiu e nos “conectou” a esse povo inédito, diferenciado, único, comprado pelo alto preço pago na cruz. Esse povo, que antes vivia nas trevas, agora experimentou uma nova dinâmica de vida: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” – I Pedro 2.9.
Ao longo da nossa história temos experimentado a maravilhosa bondade do Senhor. Ele nos deu tantos presentes: pessoas, professores, pastores, diáconos, missionários, terreno, prédio, cinco igrejas-filhas e muito mais. A lista é grande, não podemos enumerar tantos benefícios que temos recebido. É claro que o maior presente é a vida eterna. Deus nos amou, Deus enviou o seu Filho querido para nos salvar.
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios.” – Salmos 103.2.
Continuamos olhando para o futuro, sem deixar de sermos gratos pelo nosso glorioso passado. Os desafios são enormes. Não desistimos do sonho de ter um espaço maior e de desenvolver os Pequenos Grupos como estratégia de pastoreio. A nossa Igreja é bíblica e como tal existe para glorificar a Deus, impactar vidas e fazer discípulos de Jesus. Vamos em frente!
Grande abraço.